Acordou tarde. Pensou que seria a solução não ver a noite se esvaindo. Era preciso mais, mais alguma coisa para esquecer. Sabia sobre o seu sentimento: tristeza não era. Um aperto no peito, algo que doía. Talvez, tristeza sim. Mas pouquinha. Depois do susto, da confusão de pensamentos, seu corpo aguentava as consequências. Fisicamente. A dor vinha, dançava e permanecia por alguns momentos. Respirava uma vez profundamente, ela voltava fazendo-o curvar sobre si mesmo. Sabia sentir esse peso, mas não gostava. Queria se livrar de tudo, mas o tempo era curto. Curto demais! Sonhava com o grito. O grito libertador! O grito, o grito!
Um comentário:
Querida Geysa, me inspirei com suas poesias, seus pensamentos...
Saudade,
Ana Paula Damasceno
Postar um comentário