segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Águas turvas


Por medo ou insegurança se escondia em palavras e movimentos escusos. Pensava que não havia opiniões sobre todas as coisas na sua cabeça. Apesar de ser estranho, isso soava como normalidade aclimatada ao seu modo de agir. Ter certeza das coisas era algo inadmissível e inalcançável para ela. Até seus primeiros passos eram determinados por alheios. Ruminava esta condição consigo mesma. Era sensato, mas dava uma ideia de pé no chão demais. Ela não queria estas amarras. Queria sair do cais.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Arte pra comer

Um espaço para pessoas que gostam de gostar ou fingir que gostam de cinema. Olhos compenetrados no que olham. Letras miúdas, muitas páginas. Muitas para o momento que somam apenas alguns minutos. A escolha é importante e determinante. Uma caneta e um papel previamente formatado para tal fim. Escolha para facilitar o trabalho de outros. Será que fiz minha própria escolha? Uma parte sim é minha e outros pedacinhos colados ali podem até pertencer a mais alguém. Mais um cardápio para fazer o pedido. Self service de filmes. Eu não pago pelo quilo, mas pela unidade. E há ainda sobremesas que para mim tem o papel de prato principal. Sentados, postados, compenetrados. Um local, um horário, um papel, um presente. O real e o imaginário de sonhos, sentidos, sensações diretamente da grande tela para a pele e mente numa absorção pronta, fugaz, vital. Um sopro na alma.

Reparo/observação

Ela desce/anda pela rua quase depressa, no instante/espaço entre a pressa e o devagar. Um vento/uma brisa sopra seu rosto. Ela fecha os olhos e se arrisca (entrega) a caminhar de olhos fechados, mais devagar. Sua bolsa balança descompassada ao ritmo das pernas, mas não atrapalha o movimento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Norte

Errante por caminhos errados, cometeu erros. Não disse o verdadeiro sentimento. Às vezes é bom não responder à pergunta não feita.