segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Visão Suburbana

 
A cor do céu naquele dia.

Outro dia, recebi um convite para a 2ª edição do Fanzine Visão Suburbana. Imaginem só, numa mesma noite, um sarau de poesias e o lançamento dos livros Poesia Suburbana: Entre trilhos e versos e Marginal Contos de Periferia. Achei interessante. Já fui a alguns saraus na minha cidade Divinópolis, Minas Gerais. O mais marcante foi um que aconteceu no "sótão" da Boutique do Livro (um dos meus lugares preferidos).

Na última quinta, 27/01, decidi ir ao sarau em Marechal. Como sempre, pedi ajuda ao Google Maps. Foi tranquilo chegar ao Teatro Armando Gonzaga. Algumas pessoas já estavam lá. Mas, tudo começou um pouco mais tarde. Gostei muito de estar ali. Havia o teatro, uma igreja, uma praça, um varal de poesias, uma escada cultural e muitos rostos diferentes.

Quase todos recitaram poesias ou contos. Até eu me aventurei com a poesia "Tramas e trilhos" de Gledson Vinícius, quem eu já conhecia do Projeto Irradiar. Foram momentos de muita emoção e beleza. Senti alegria quando estava por lá. Foi o meu primeiro contato real e presente com o trabalho do Visão Suburbana. Comecei, então, a entender como é o subúrbio visto de dentro.

Queria muito ter recitado a poesia "Impressionista" de Adélia Prado, mas a emoção era tamanha...

Impressionista 

Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

2 comentários:

Unknown disse...

Bravo!

Geisa Mara de Castro disse...

Eu nunca pensei tanto nas palavras subúrbio e suburbano!